18 de fevereiro de 2008

Penicos Gigantes


Andei pensando hoje nos políticos. Nossos políticos. Pois é, pasmem. Não gasto toda a minha preciosa vida pensando em futebol americano, motos, bebidas e mulheres nuas. Inclusive, quanto a estas últimas, as vacas andam tão magras que não as conseguiria trocar por um punhado de feijões mágicos. Acho que por isso ando pensando em políticos. Livre associação. Mulher, sexo, mulher que faz sexo por dinheiro, filhos de mulheres que fazem sexo por dinheiro...
Assisto ao noticiário, as novas são velhas, as histórias se repetem e sinto dores intestinais tão estridentes que penso que quem vai parir um filho sou eu. Um filho indignado, com certeza. Agora vem essa questão dos cartões corporativos. Quem, em sã consciência, acreditou que funcionários públicos (e eu sou um) de alto escalão, não concursados, nomeados ao bel prazer político, iriam utilizar de tal regalia em benefício do serviço, e lógico, da boa administração pública? Qualquer macaco treinado saberia no que essa invenção ia dar. Mas tenho certeza de que nosso amado presidente não sabe de nada do que está ocorrendo. Acredito nele, assim como creio no coelhinho da Páscoa. Acredito também que não seria justo soltar uma bomba atômica em Brasília, apesar de brincar com a idéia de vez em quando. Pois é... um lindo cogumelo atômico em pleno cerrado.... Putz! Lá ia eu de novo brincando com a idéia! Mas, de fato, estaríamos sendo muito injustos com o Niemeyer. Ele sim, não tem culpa nenhuma de terem confundido aquelas cúpulas lá com penicos gigantes. Inclusive, nossos políticos deveriam aprender algumas lições com a arquitetura da cidade. Tudo lá é muito plano, muitas curvas suaves, muito simples, muito lógico. Vote Niemeyer para presidente na próxima eleição. Não haverá erro. Apenas linhas elegantes riscando o horizonte do nosso país. Assim penso eu...

4 comentários:

Zé Ricardo disse...

É como diria o imortal Stanislaw Ponte-preta: De onde menos se espera, é de lá que não sai nada mesmo! Pôxa João se eu fosse você estaria mais empenhado em alguma causa humanitária, do tipo: Ajude uma prostituta a sair das ruas... leve-a para um M....! Mas aparte disto vc tÊm muita razão em ficar puto com estas coisas, eles lá e a gente aqui sem hunzinho de um cartão pra pagar as despesas das causa humanitárias!

Letícia disse...

Mulheres que vendem o corpo, políticos, macacos... tudo surgiu antes mesmo que a gente pudesse sonhar que um dia alguém inventaria a Bomba Nuclear. E funcionários públicos existem aos montes - acho até que também sou uma, só não tomei consciência ainda. Já faz tempo, desde que ouvi o Renato Russo dizer que "O Meu país tem nome de remédio" que não me envolvo tanto com política. Minha família inteira troca idéias sobre isso quando a gente se encontra e parece mais uma arena. Pardos de um lado e os burgos do outro e eu fico no meio esperando um pedaço de carne voar pelos ares. Mas uma crônica é sempre uma risada - que seja por sarcasmo ou inteligência de quem escreve. Nesse caso, política se transformou em lirismo "elegante riscando o horizonte do nosso país." (Citação do autor)

E Zé, O que vc quis dizer com o seu comentário? Vc sempre me deixa com dúvidas.
Bjão p/ vc.

Zélia disse...

Embora eu não discuta política -porque isso não se faz com qualuer um - sempre me interessei por essa coisa de saber - desde já - em quem vou votar e qual a razão para isso.Mais tarde, descobri que tudo é política.Sem citar as questões referentes a uma cidade ou Estado,política é um "conjunto de objetivos que servem de base à planificação de uma ou mais actividades" (Priberam - Dicionário da Língua Portuguesa On-Line).Nos organizamos de forma política mesmo quando não temos regalias para isso e mesmo não percebendo:como organizamos o nosso dia a dia,como vamos gastar nosso salário,o que dizer,quando dizer,etc.Não foi à toa que Aristóteles proferiu as seguintes palavras: "O homem é um animal político".Infelizmete,o homem não tem consciência disso e a maioria dos homens(no sentido geral da palavra) que exercem a política como profissão são corruptos.No caso dos cartões corporativos,um amigo explicou-me que o uso dos cartões é a melhor forma de controlar como o dinheiro público é gasto.Justamente porque não se entregar dinheiro "vivo" nas mãos de políticos e porque temos como verificar o que foi (quando,quanto e onde) gasto.O problema é que ninguém se importou em fazer esse controle.Bom, mesmo a esperança também morrendo,espero que esse fato,em especial,sirva de lição para melhorias no controle aos gastos com o dinheiro público.

Simoni Oliveira disse...

"Quem, em sã consciência, acreditou que funcionários públicos (e eu sou um) de alto escalão, não concursados, nomeados ao bel prazer político, iriam utilizar de tal regalia em benefício do serviço, e lógico, da boa administração pública?" (João)
Bom , não sei se o fato deles não serem concursados, pode ser um fato a ser considerado, levando em consideração que até os concursos hoje podem ser contestados, pelo menos é o que vemos acontecendo por aí. Mas será que devemos fazer uma passeata pra ajudar essas pobres pessoas necessitadas de um cartão de crédito a conseguirem esse cartão de volta? Afinal de contas são pessoas com empregos públicos e que vão gastar o nosso dinheiro. Bom, a minha parcela de culpa está lá, sendo representada pelo presidente da república. Quanto aos cartões, penso que pessoas que nem são políticas e moram bem perto de mim, fazem coisas bem piores...Mas a esperança é a última que morre.