( Foto por Mash11 - DeviantArt)
Era quarto de paredes escuras
Cortina vermelha pendurada na janela fechada
Boneca de pano com sorriso malévolo
Abajur de cores não descritas no dicionário
Teia de aranha junto do mofo no teto
Cheiro de velhice e juntas que estalam
Era um quarto
Era mais da metade
Era tanto quanto inteiro fosse
Mas tinha lápis
Tinha papel
Tinha esperança colorida em cordel
Escreveu em nanquim
Postulados de além vida
Desejos para antes do fim
Relógio quebrado apontando horas passadas
Tempo sempre igual
Temporal anunciado que chegou sem avisar
E na geladeira tem o recado de quem foi pensando em voltar
Mas o menino perdido na rua achou por bem fazer mal
Quem foi, ficou na calçada
Quem ficou, guarda lembrança que não vai
No quarto, tintas evanescem
Saudade é dor que não tem cor
Era quarto de paredes escuras
Cortina vermelha pendurada na janela fechada
Boneca de pano com sorriso malévolo
Abajur de cores não descritas no dicionário
Teia de aranha junto do mofo no teto
Cheiro de velhice e juntas que estalam
Era um quarto
Era mais da metade
Era tanto quanto inteiro fosse
Mas tinha lápis
Tinha papel
Tinha esperança colorida em cordel
Escreveu em nanquim
Postulados de além vida
Desejos para antes do fim
Relógio quebrado apontando horas passadas
Tempo sempre igual
Temporal anunciado que chegou sem avisar
E na geladeira tem o recado de quem foi pensando em voltar
Mas o menino perdido na rua achou por bem fazer mal
Quem foi, ficou na calçada
Quem ficou, guarda lembrança que não vai
No quarto, tintas evanescem
Saudade é dor que não tem cor