15 de junho de 2008

É Tudo Mistério

(foto por Salihguler - DeviantArt)


É tudo certo mistério
Ou mistério certo do viver confuso
É tudo desejo de ser sereia que canta
Mas vive de ouvir canto de sereia alheia
E quando diz não, quer o sim
Quando diz querer, não está nem aí
Se diz saber, não faz idéia
Se faz idéia, pensa haver descoberto a verdade
Hoje reputa o sexo como sujo
Amanhã suja o sexo sem pudor
Bom é praia em dia de chuva
Chuva só combina com cama quente
Li minha mão, tu fazes parte do meu destino!
Sinto muito, estava míope, tu já és passado...
Tu me amas? Por que não dizes o tempo todo?
Larga do meu pé! És tão pegajoso!
Estou acima do peso? Podes ser honesto...
Como assim, gorda? Por que não mentiu?
Mas há o que não mude com os hormônios
Hoje é verborragia, amanhã também

O observador perplexo deste mundo particular
Perde-se em devaneios intestinos
Ora julgando ser capaz de decifrar o código
Ora negando a realidade inconteste
Na maior parte do tempo
Nem elas mesmas se entendem
Então o que é que você faz
Tentando entendê-las?
Não há de se perder tempo
Melhor curtir a companhia (quando a progesterona deixa)
E, quando começar a ficar confuso
Correr longe
Jogar futebol
Uma rodada de pôquer
Duas cervejas
E voltar, renovado, para os braços dela

3 comentários:

Letícia disse...

E voltar sempre, John. Podemos ser os melhores observadores do mundo, mas quando estamos lidando com o que se sente - um passo em falso e já vamos machucando. E homens saem para jogar futebol ou pôquer. Mulheres, as que conheço, ficam em casa ou telefonam ou assistem a uma reprise de um filme bem romântico. Podemos até fingir, mas essa é a nossa essência e nada melhor que brigar e voltar e ficar na cama em dia de chuva. Comentar poema seu é liberdade porque você não esconde o que sente.

You are the wit, John.

Friendly,

Crazy Diamond

Camilla Tebet disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Camilla Tebet disse...

Só poeta como vc escreve assim para dizer que não entende as mulheres. Só! Ouvi uma piada uma vez que diz assim: um homem encontra o gênio da lâmpada que diz a ele:
- homem, vc tem direito a um pedido.
o homem então: - eu quero muito conhecer a Austrália, mas tenho fobia de voar e de navios. Podes construir uma ponte daqui de Belo Horizonte pra Austrália.
E o Gênio diz que não. Mas pesaroso, concede ao homem um segundo pedido. Então o homem
- Bem, será então que o senhor pode nos fazer entender as mulheres.
E o gênio:
- Vc quer a ponte só de ida ou ida e volta.
Bem, não sei se conhecias a piada. Mas poeta que és deves ter percebido que é precorrendo muitas pontes longas como essas e voltando que começará a conhecer alguém. E ai a batalha continua... e quando der tempo, futebol né poeta?
Beijos