2 de junho de 2009

Último adeus

Letícia lendo sua crônica em que você fala de forma lírica da morte (Rotineira) me inspirei para retratá-la em versos (posso?).
Você quando decide exuberar, não tem pra ninguém...
Beijão.

Último adeus

a gente morre de repente
quase displicente
flor ardente
volta para o chão
não assiste mais televisão
não se apronta mais
não escreve Hakais
a memória congela
o corpo revela
não se fala mal
na hora do funeral

ausência dobrada
lar partido
página virada
falta sentido
uma vida inteira
e num instante, poeira
e num minuto, adeus...
e tudo continua
o mundo não liga, é ateu.

Por Joseph Dalmo (jun,2009)

2 comentários:

Letícia disse...

Dalmo,

É uma honra. Saber que um texto escrito por mim, fora objeto de estudo de um poeta como você. Eu li o poema e achei divino. Eu não saberia fazer em versos o que fiz em prosa. Sempre que algum texto meu tocar você, sinta-se à vontade. Pode usar como inspiração para o seu ofício.

E sobre o nosso encontro, nós sabemos. Poetas e escritores são introspectivos. Nos conhecemos mesmo que não conversemos muito.

Um beijo de carinho.

Unknown disse...

Vi o que vivi ate aqui
passar diante dos meus olhos
quando li o poema.
Você simplesmente fez um filme da vida real em poesia.
Gosto muito do Poeta
e não é bajulamento.

Abraços Dalmo.