2 de outubro de 2008

As baianas do acarajé

Foto: Internet

As baianas do acarajé vendedoras de iguarias da culinária baiana, influência da cultura africana era a culinária dos escravos angolanos. Também trouxeram como contribuição sua religião, a música e o axé, além do delicioso acarajé, que não pode ser dissociado do candomblé. Feito de feijão fradinho, leva cebola, alho, sal e cuminho, e para ficar bem macio é batido com colher e frito no azeite de dendê.
As baianas da lagoa do Abaeté juntam ao acarajé o vatapá e a pimenta malagueta, que arde como o capeta. Outra iguaria é o abará, que é servido sem esquentar e como molhos acrescentam o camarão, caruru, e vatapá.
As baianas do acarajé com suas roupas tradicionais fazem pontos em certos locais de Ondina, Pelourinho, Piatã e Morro do Bonfim, que compõem em Salvador o cenário de todas as cores e sabores.
As quituteiras dos baianos provocaram nos poetas e cantores: Caymmi, Ari Barroso e Caetano, descreverem com inspiração em versos e canções o que tem no tabuleiro da baiana: Abará, vatapá, caruru e camarão. Mas, sobretudo, aquilo que a baiana tem no seu coração: Cangerê, candomblé e sedução.
As baianas do acarajé trazem, junto das suas tradições, o símbolo da resistência, desde os tempos da escravidão.

Por Joseph Dalmo (2008)

2 comentários:

Narradora disse...

Bonita a cadência e a homenagem.
Abraço.

Joseph Dalmo disse...

Narradora, obrigado pela visita. Eu pensei inicialmente em escrever um poema sobre o tema, mas terminei fazendo uma prosa.
Bjão.