"Coração que não cala,
alma que se afoga
entre tantas palavras que se calam,
entre tantas lágrimas que transbordam
Sofrimento de quem carrega no peito
a saudade que ignora."
Mattoso.
Photo by Niktoria
A linguagem
na ponta da língua
tão fácil de falar
e de entender. A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, equipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, seqüestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.
4 comentários:
Simoni,
Você é um livro novo - recém publicado. A cada texto que vc escreve, vejo uma nova escritora cheia de talento. E pensar que vc ficava na comunidade dizendo que não tinha jeito para escrever. Fique sabendo que sou sua leitora e admiradora. Seu texto é puro, não soa como falso em hora alguma. Não tem uso de coisa que se repete. É novo e branco. E a saudade foi tão bem retratada por vc, que só posso dizer que, ver vc escrever, completa meu dia. E o sofrer por saudade agora tem um nome. Esse seu poema agora é a figura da saudade aqui em nossa filosofia.
Com muita admiração,
Letícia :)
Realmente, Matoso, esse sentimento vazio-cheio, chei-vazio, que transborda e dilui... saudade que dói. Saudade que alivia!
Caro matoso, passo para convida-lo a visitar meu novo espaço: http://essepapotambem.blogspot.com.
Espero sua visita por lá.
Valeu.
Camilla tebet
www.essepapo.nafoto.net
Saudade que se carrega no peito dói sempre. E mesmo que se passem todos os anos, e mesmo que se caminhe para o quanto mais longe possível, a dor ficará ali, apenas martelando...
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