"Eu tenho uma espécie de dever , de dever de sonhar,
de sonhar sempre,
pois sendo mais do que
um espectador de mim mesmo,
Eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.
E assim me construo a ouro e sedas,
em salas supostas , invento palco , cenário para viver o meu sonho
entre luzes brandas e músicas invisíveis."
Fernando Pessoa
Quantos palcos vivemos inventando? Quanta poesia deixamos de viver?
E. Alvarez
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4 comentários:
Perco a conta dos palcos que invento e das poesias que deixo de viver... Mas também já perdi a conta das poesias que vivi e das máscaras que deixei cair. Acho que, no final, uma coisa compensa outra.
Fernando Pessoa dorme ao meu lado todo dia. Às vezes procuro sua voz, às vezes durmo feito pedra. Não tenho lido o Pessoa ultimamente - estou lendo a Ana Cristina Cesar e tô adorando o livro. E não deixa de ser um novo espetáculo e um novo cenário. Todas essas palavras me são tão comuns - eu gosto de drama. Gosto de fazer poesia - ao meu modo - gosto de espetáculos e sonhos. Vivo meus sonhos e tento levar pessoas comigo. Bom ter companhia "entre luzes brandas e músicas invisíveis." (F. Pessoa)
E não invento palco - a vida os cria para mim e poesia, tento viver até nas horas mais banais, como já dizia o Cazuza.
Bom ter você aqui, Eve.
Letícia
Duas estrelas unidas aí: Dali e Fernando Pessoa.
Dois artistas que devoto!
Amei!
Luci:)))
Não há poesia sem verdade. Por mais que venhamos a nos travestir, os rastros d´alma estão por ali.
Gostei do blog, dos textos, vou visitar sempre.
Veronica
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